PAULISTAS E CARIOCAS QUEREM DEIXAR SUAS CIDADES.
Sete
em cada 10 paulistanos mudariam de cidade se pudessem. Os dados são de uma
pesquisa do Ibope, feita entre os dias
30 de novembro e 18 de dezembro de 2015 e divulgada pelo Estadão no último dia
20.
Dos
169 itens avaliados, com notas que podem variar de 1 a 10, 89% ficaram abaixo
da média da escala. As áreas com maior insatisfação estão, entre outras, na
infância e adolescência transporte e trânsito, acessibilidade para pessoas com
deficiência, segurança, assistência social, desigualdade social, transparência
e participação política.
Bombeiros,
Correios e Igreja, nessa ordem lideram o ranking das instituições com maior
confiança da população.
No Rio, descrença
quanto ao futuro
No
Rio, outra pesquisa detectou que o sentimento de orgulho do carioca de morar na
cidade vem diminuindo nos últimos anos. Em 2015, a soma das notas de 7 a 10
dadas para esse sentimento foi de 43%, enquanto em 2013 esse percentual foi de
63%.
Caiu
a percepção de melhora na qualidade de vida do morador. Nesse ano, só 31%
afirmam ter melhorado sua qualidade de vida, enquanto em 2013 eram 51%. Pela
primeira vez nas deste que a pesquisa é realizada, um número maior da população
afirma ter reduzido a qualidade de vida ao invés de ter melhorado.
Aumentou,
num fenômeno semelhante ao detectado em São Paulo, o percentual de moradores
que sairiam do Rio de Janeiro se pudessem. O motivo principal para esse desejo
é a violência. As
expectativas com relação ao futuro também diminuíram: só 25% da população se
sente otimista com relação ao futuro da cidade.
Pessimismo nacional
Essas
pesquisas vão de encontro a uma outra, também do Ibope e do instituto Win, onde
os brasileiros, até pouco tempo campeões mundiais do otimismo, passaram ao
primeiro lugar em pessimismo.
As
causas estão ligadas, direta ou indiretamente à crise econômica, financeira e
política. Os brasileiros temem perder seus empregos, os que estão desempregados
não tem esperança de voltarem ao mercado de trabalho, não acreditam que o país
sairá tão cedo das dificuldades em que está enredado e com isso, as suas
cidades, antes acolhedoras, passaram a ser vistas como lugares para serem
abandonados.
Isso parece mais crível quando olhamos as pesquisas através da aurbanista e professora da FAU, a arquiteta Regina Maria Meyer. Ela recomenda mais cuidado na leitura dos dados. E pondera, que os paulistanos e outros que residem em grandes cidades, asssim o fazem atraídos pelas oportunidades de trabalho, de educação, de lazer etc. E adverte que apesar da visão idílica que temos das cidades menores, ainda que um tanto verdadeiras, é preciso considerar que muitos levantamentos sobre essas cidades são desalentadores, com problemas de drogas e seguranças, dos quais nem as comunidades indígenas escapam. Acho, diz a arquiteta, que essas pesquisas revelam um lamento e uma acusação pela falta de opção real.
Isso parece mais crível quando olhamos as pesquisas através da aurbanista e professora da FAU, a arquiteta Regina Maria Meyer. Ela recomenda mais cuidado na leitura dos dados. E pondera, que os paulistanos e outros que residem em grandes cidades, asssim o fazem atraídos pelas oportunidades de trabalho, de educação, de lazer etc. E adverte que apesar da visão idílica que temos das cidades menores, ainda que um tanto verdadeiras, é preciso considerar que muitos levantamentos sobre essas cidades são desalentadores, com problemas de drogas e seguranças, dos quais nem as comunidades indígenas escapam. Acho, diz a arquiteta, que essas pesquisas revelam um lamento e uma acusação pela falta de opção real.
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