A VELHA POLÍTICA CADUCOU E A NOVA AINDA NÃO NASCEU
A “velha política” aqui é aquela que criou asas com o primeiro governo civil, após o golpe, os bons e velhos tempos do MDB, que na esteira da luta contra a ditadura, foi dominante na política brasileira, ainda que um saco de gatos, durante um bom tempo.



Derrotados
fragorosamente nas urnas, encolhe-se o MDB e o PT, com o seu maior líder na
prisão, que ainda não encontrou o seu lugar como oposição, juntos com o PSDB, que sob "nova
direção", ainda procura um espaço para chamar de seu.
Mas a tal de “nova
política”, apesar das promessas e arroubos da campanha de Bolsonaro, sequer conseguiu ser
gestada. E, depois da troca de insultos e manobras ao estilo (talvez pior) da
“velha política”, o destino político final do PSL e do presidente eleito é
incerto, ao contrário da “nova política”, que está bem morta e sepultada.

Por enquanto o MDB
deve ser o estepe que manterá o carro andando, mantendo-se fiel a sua tradição
de aliado, do poderoso de plantão, ainda que favorecendo apenas a um dos
inúmeros grupos abrigados na legenda.
Em um cenário onde
existem nada menos que 32 partidos políticos, devidamente registrados no TSE,
todos sem qualquer liderança de peso e muito menos programas capazes de
entusiasmar o eleitorado, nada indica mudanças na tal de “velha política”, onde
o presidente atual, apesar das suas promessas, parece estar cada vez mais
enredado.
A bagunça já se
reflete nas pesquisas feitas recentemente, que apontam uma percepção nada
animadora no espírito da população. 94% dos brasileiros da classe C ou média
baixa, fundamental para decidir eleições, acreditam que há corrupção no
Executivo e no Judiciário, 96% entre os empresários e 97% no Legislativo.
A decepção,
portanto, com o sistema é total. E Bolsonaro vai perdendo a sua bandeira de
combatente impoluto contra a corrupção, levando junto, mais cedo ou mais tarde,
o seu ministro da Justiça, o ex-juiz Sérgio Moro, símbolo da Lava Jato, para a
vala comum da velharia da política.
Onde iremos parar?
Exatamente é difícil de prever, mas as perspectivas não são nada boas.
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